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O Brasil é enorme, cheio de histórias!

07/06/2023

Estivemos em São José dos Pinhais para conhecer a Taça Paraná e vimos porque o Brasil é enorme e cheio de historias.

Este grande torneio de voleibol de base acontece há mais de duas décadas, graças ao esforço de seus idealizadores que encontram apoio de alguns patrocinadores e iniciativa pública.

Como é gratificante ver uma cidade com tantos ginásios à disposição do Torneio e que recebe de braços abertos delegações das mais variadas regiões desse país. Sim, o Brasil é enorme. Enormes também são os sonhos, a euforia e a empolgação das torcidas, dos técnicos, dos pais e de incentivadores do vôlei, como a CO-LEAGUE!

Entre as mais variadas histórias, divido aqui algumas com vocês.

Conhecemos a Luiza e a Amanda, da equipe médica, aquelas pessoas dos bastidores que marcam presença, sem estar nas redes sociais! Lá estavam elas, muito mais que cumprindo sua missão de gelos e curativos. Elas se apresentaram e ofereceram uma massagem. Apesar de insistirmos que éramos apenas patrocinadores, não tivemos escolha… em questão de segundos já estávamos nas mãos da Luiza e do Gelol! 

Elas nos contaram a vida da Julia. A jovem, hoje com 16 anos, teve leucemia aos 11. Curou-se mas o corpo, ainda um pouco frágil, sofre. Mesmo com dores, Julia irradiava alegria por ter viajado com o time, por ter se hospedado num hotel, por almoçar num refeitório repleto de jovens que, assim como ela, cultivam a magia do vôlei. Julia é a capitã do time. Um exemplo a ser seguido.

Na arquibancada, paramos para elogiar um time mineiro pela sua brilhante performance e aí conhecemos seus treinadores. Ficamos maravilhados com a sabedoria e os ensinamentos da dupla.  

Um dos treinadores me perguntou: “Até onde você consegue ir? E eu, com minha mente matemática, respondi: Até onde estiver ao meu alcance. E ele: “Errado. Seu alcance é um limite que você se impõe. Se você acredita em Deus, Ele te dá o caminho e a força para você seguir sempre em frente, sem limites!”.

Os vários caminhos do vôlei

A caminho do aeroporto, conhecemos a Camila, uma simpática curitibana que nos levou no seu taxi. Ela nos contou do seu filho Marcelo, que no alto dos seus 17 anos e mais de 2m de altura já era a promessa no esporte. Num teste para a Seleção, Marcelo ficou em 18º lugar entre 600 candidatos! Mas eram somente 12 contemplados. Ele não percebeu ou, ao menos, não teve ninguém ao seu redor para alertá-lo de que seguir uma carreira profissional não é a única alternativa. Marcelo poderia ter usado seu talento no vôlei para seguir seus estudos universitários em países que valorizam o esporte na universidade. Marcelo parou de jogar ainda jovem.

Camila, já emocionada. nos deu o seguinte conselho: – Sigam em frente, e ajudem outros Marcelos!

Estamos felizes por ter estado lá e por perceber a imensidão do nosso país, cheio de Júlias, Marcelos, Luizas, Amandas e Camilas, que precisam ser ouvidos genuinamente.

E principalmente, por ter tido a certeza de que estamos no nosso caminho.